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Alho - História e Propriedades

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Data: 16/12/2010
Autoras: Nutricionista Lidiane Martins e
 Carla Andrea ( estagiária de nutrição)

O alho faz parte da família da cebola e tem sido utilizado por muitos anos em muitas culturas. Era ingerido pelos homens primitivos e existem relatos de seu uso como planta medicinal no antigo Egito e por Hipócrates, pai da medicina.
Na Grécia, nos primeiros jogos olímpicos, atletas ingeriam alho como estimulante. Na Índia, foi utilizado como loção anti-séptica para tratamento de feridas e úlceras. Na China, o chá de alho, assim como o de cebola, é recomendado para febre, enxaqueca, cólera e disenteria. Nas duas guerras mundiais, o alho foi utilizado como loção anti-septica na prevenção da gangrena. Em 1848, foi estudado por Pasteur, que descreveu suas propriedades anti-infecciosas.  A ciência moderna investiga seus efeitos em casos de doenças cardiovasculares, de câncer, de inflamações e de infecções.
Estudos de investigação indicam que os efeitos biológicos e médicos do alho são atribuídos a seus compostos, esses, são responsáveis pelas características de odor e sabor do alho, bem como por suas propriedades biológicas. Dentre essas propriedades biológicas temos: efeito hipocolesterolêmico (diminuição do colesterol), anti-hipertensivo, anti-diabético, antitrombótico, anti-hiper-homocisteinemia, além da ação antimicrobiana, antioxidante, anticancerígena, anti-mutagênica, antiasmática, imunomoduladora e pré-biótica.
Cerca de 30 ingredientes com efeitos potenciais em diversos aspectos da saúde foram identificados no alho, suas atividades biológicas possíveis são: hipotensora; hipoglicemiante; previne a formação de coágulos e ajuda a dissolvê-los; antibiótica; antifúngica; antiviral; hipocolesterolêmica; antitumoral; anti-diabética; hipotensora; aumenta a produção de enzimas desintoxicantes; anticancerígena; previne dados químicos ao DNA; tem ação bactericida; antioxidante; quimioprotetora, frente ao câncer; favorece a ação desintoxicante do fígado frente a substâncias químicas; vasodilatadora; miorrelaxante (relaxador muscular); estimula a síntese de hormônios esteróides, estimula a secreção de glucagon; efeitos cardioprotetores; estimula o sistema imune dos macrófagos e das células esplênicas; estabiliza  os mastócitos, exercendo ação sobre a asma e alergia.
Sugere-se a ingestão de 600-900mg por dia (aproximadamente 1 dente de alho fresco) para redução da pressão arterial e dos níveis séricos de colesterol.
O alho é um ingrediente muito utilizado na gastronomia. Na sua escolha devemos procurar  cabeças de alho redondas, formes e cheias, e com a parte exterior intacta e sem manchas. Os dentes devem ser firmes e unidos. Devem ser armazenados  em lugar fresco, seco e levemente arejado.
   Na culinária, podemos  picar,  amassar, fatiar, cortar, ralar e utilizá-lo inteiro. O dente inteiro deixa um sabor mais suave. Fatiado ou picado o seu sabor fica mais presente e amassado fica mais forte.

Referências:
KALLUF, L. Fitoterapia Funcional dos Princípios ativos à Prescrição de Fitoterápicos. São Paulo, p. 230-232, 2008.
MENDES, P. A. P. - Estudo do teor de alicina em alho. Bragança, ESTIG: 2008. Dissertação de Mestrado em Engenharia Química em http://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/1998  acesso em 16/12/2010

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