ANVISA- Rio+20: Sociedade quer novos padrões de produção e consumo
In Controle de Qualidade de Alimentos, In Geral, In informativo, In nutriçãoquarta-feira, 20 de junho de 2012
Fonte: ANVISA- Vanessa Amaral – Imprensa acesso em 20/06/2012
Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) participam das atividades da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada no Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho. O objetivo é integrar os debates e, assim, construir uma agenda de sustentabilidade para a Saúde.
Durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo organizado pelo sociedade civil, a Agência esteve presente em duas rodas de conversa promovidas pela Fiocruz no Espaço Saúde, Ambiente e Sustentabilidade. Nos encontros de sábado (16/6) e de segunda-feira (18/6), os participantes abordaram os impactos dos agrotóxicos para a saúde e o meio ambiente e debateram alternativas para os atuais padrões de produção e consumo.
A especialista em regulação da Anvisa, Heloisa Rey Farsa, destacou a importância de se compreender o movimento das indústrias de agrotóxicos para combater as estratégias abusivas. “Não basta denunciarmos os perigos dos agrotóxicos para saúde. Nossa atuação só será efetiva se estudarmos a lógica de atuação destas empresas no mercado”, alertou. Em 2011, segundo a especialista da Anvisa, a indústria de agrotóxicos movimentou cerca de U$ 8,5 bilhões no Brasil.
A engenheira agrônoma da Guatemala, Cláudia Gerônimo, defendeu a agroecologia como uma opção já disponível para alterar os padrões de produção atual, baseados na monocultura e no uso massivo de defensivos agrícolas. “O agronegócio, hoje, gera exclusão e pobreza. É um modelo que não funcionou e que não tem potencial para resolver as questões sociais e econômicas que precisamos enfrentar”, disse.
No debate sobre inclusão produtiva, o professor da Fiocruz, Cristóvão Barcelos, pontuou que considera a globalização uma farsa. “Existe uma falsa impressão de que somos todos iguais e de que todos podemos consumir na mesma proporção”, afirmou. Segundo ele, é preciso repensar o modelo de consumo que mercantiliza as relações humanas.
A coordenadora de Articulação Institucional da Anvisa, Rosilene Santos, falou sobre o projeto de Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária da Anvisa e destacou a importância do diálogo entre sociedade civil e o Estado. “É fundamental que a Vigilância Sanitária esteja envolvida nas discussões sobre desenvolvimento sustentável”, disse.
Os debates promovidos pela Cúpula dos Povos são realizados no Aterro do Flamengo. O encerramento do encontro será no sábado (23/6).
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