Meta prevê retirada de 8,7 mil toneladas de sal até 2020
Publicado em 28/08/2012
Novas metas para a redução do teor de sódio em alimentos processados foram estabelecidas por meio de acordo firmado, no dia 28 de agosto , entre o Ministério da Saúde e a Indústria de alimentos. O termo de compromisso prevê a redução em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto do ano passado. “O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde (OMS) pretende adotar em relação ao sódio”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Esta é a terceira etapa do acordo que o ministério firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis. Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, a previsão é de que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.
Rótulo - O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias.
A recomendação de consumo máximo diário de sal pela OMS é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários.22,7% dos brasileiros adultos são hipertensos.
De acordo com pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011, a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida aumentaria em até quatro anos.
Autor/Fonte: Secom
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