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Ex-ministro sugere à FAO criação de grupo de países para garantir a segurança alimentar mundial

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



Fonte : Agencia Brasil por Alana Gandra de 25/01 
 Acesso em 31/01/2013
Rio de Janeiro – O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues encaminhou à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sugestão para criação de um grupo de países, que teria o nome de Grupo de Produtores (GP), cuja missão seria elaborar um programa para garantir a segurança alimentar  nos próximos anos, face ao aumento da população mundial.
De acordo com o ministro, a exemplo de outros grupos que reúnem países alinhados com interesses mais ou menos comuns sobre determinado assunto - como o G20, que reúne as maiores economias do mundo - o GP seria integrado por 15 nações produtoras dos cinco continentes. Para Rodrigues, por sua capacidade produtiva e posição geográfica, o Brasil poderia liderar a iniciativa, que ficaria sob a gestão executiva da FAO.
Roberto Rodrigues, que é presidente da Academia Nacional de Agricultura da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), sugere que o Itamaraty se coloque à frente da criação do GP, que teria como membros naturais Brasil e Argentina, na América do Sul; Canadá e Estados Unidos, na América do Norte; Ucrânia, Rússia e República Tcheca, na Europa;  Indonésia, Malásia, Índia, Tailândia, na Ásia; e  Sudão, Congo, Moçambique e África do Sul, na África.
Em entrevista hoje (25) à Agência Brasil, Roberto Rodrigues criticou o fato de todo mundo discutir segurança alimentar, mas deixar o debate ficar na teoria. “Todo mundo fala, mas ninguém faz nada. Eu atribuo esse não fazer nada a uma falta de liderança global capaz de compreender o assunto”, explicou. Para o ex-ministro, o interesse deve ser global, porque segurança alimentar “é garantia de paz, de triunfo da democracia”.
Segundo o ex-ministro, os governos não têm políticas voltadas para aumento da produção, logística, estocagem ou para mecanismos de financiamento de caráter global. “Ficam no discurso e a coisa não avança”. Por isso, explica, desenvolveu a ideia  de criação de um grupo de produtores, “capazes de aumentar a produção de verdade”.
São países, de acordo com ele, que possuam terras disponíveis, tecnologias já em funcionamento ou facilmente assimiláveis, além de gente habilitada para produzir rapidamente, “se as políticas públicas acontecerem”.
Rodrigues disse que o mundo contemporâneo não gosta de estoques, porque eles inibem a volatilidade e especulação. Salientou, porém, que frente a episódios como a recente seca nos Estados Unidos, que reduziu os estoques e elevou bastante os preços dos produtos, a formação de um estoque global poderia ser uma solução.
De acordo com o ex-ministro, o GP poderia ter estoques estéreis em relação ao país onde seria formado. Se, por exemplo, o estoque estivesse fisicamente no Brasil, isso inibiria a ação das bolsas de alimentos. “Mas esse estoque não pode ser manipulado  pelo governo brasileiro, nem para abastecer, nem  para mitigar aumento de preços, para nada. Ele é um estoque com governança global, cuja única função é [ser] um estoque estratégico para a hipótese de faltar comida nos países onde isso aconteça”, explicou.
Outros temas, como seguro rural, preço mínimo, regras de comércio, teriam de ser desenvolvidos em conjunto por esses países produtores, “sob a batuta da FAO”. Rodrigues não tem dúvidas de que o Brasil poderia liderar esse grupo mundial de produtores, “até porque o diretor-geral da FAO é  brasileiro [José Graziano da Silva]”, disse.
O cooperativismo seria outro instrumento do GP. Lembrou que, em países pobres, não bastam políticas públicas para desenvolver a agricultura. “Tem que haver também uma ação privada, de articulação e coordenação. E o cooperativismo é o único  mecanismo que funcionaria nesses países para permitir o acesso dos pequenos produtores ao mercado”.
Rodrigues admitiu que o projeto demandaria recursos elevados, talvez envolvendo financiamento de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial. “Por isso, teriam de ser investimentos de caráter global”. Estimou que estoques da ordem de 20 milhões a 30 milhões de toneladas, poderiam dar um número mínimo de segurança alimentar.

Agencia Fapesp: Pesquisadora defende suplementação com vitamina D para idosos

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Fonte: Agencia FApesp por Karina Toledo acesso em 25/01/2013

Agência FAPESP – A carência de vitamina D em grandes centros urbanos como São Paulo já atingiu índices alarmantes, especialmente entre os idosos. O alerta é da médica Marise Lazaretti Castro, professora da Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina e pesquisadora do tema há mais de 15 anos.
Nesse caso, no entanto, a alimentação inadequada não é a vilã, e sim a falta de exposição solar. A maior parte do nutriente é sintetizada na pele, com o estímulo dos raios ultravioleta. O processo é prejudicado pelo uso de filtros.
“Costumam dizer que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens”, afirmou Castro.
O estilo de vida moderno, afirmou a pesquisadora, não favorece os banhos de sol. A fim de se adequar à nova realidade, é preciso suplementar.
Para Castro, a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina de acompanhamento geriátrico e ser regra entre os grupos de risco para fratura, como idosos institucionalizados, pacientes com lúpus, portadores de osteoporose e mulheres na pós-menopausa. Leia a seguir a entrevista concedida pela pesquisadora à Agência FAPESP:

Agência FAPESP – Mesmo sendo o Brasil um país tão ensolarado, é possível que a população sofra com a falta de vitamina D? 
Marise Lazaretti Castro – A deficiência na população é muito grande, principalmente entre os idosos institucionalizados. Em uma pesquisa feita na cidade de São Paulo, mostramos que 92% dos 177 idosos institucionalizados avaliados tinham valores insuficientes de vitamina D. No caso dos 243 idosos que moravam em domicílio, o número foi de 85%. Entre os 141 jovens que compuseram o grupo controle, a taxa foi de 40%. Quando avaliamos a proporção de pessoas com deficiência de vitamina D, que são valores ainda mais abaixo do ideal, o índice foi de 40% entre os idosos institucionalizados, 15% entre idosos em domicílio e 5% entre os jovens. Essa pesquisa foi concluída em 2004 e estudos posteriores indicaram que, embora os números de deficiência entre idosos institucionalizados sejam assustadores, eles continuam não recebendo suplementação. Provavelmente os médicos nem se lembram disso. Agora existem dados nacionais robustos que confirmam nossos achados sobre a prevalência da deficiência de vitamina D em outras populações. A insuficiência é encontrada desde o Recife até Porto Alegre.

Agência FAPESP – O que caracteriza a insuficiência e a deficiência de vitamina D e qual é a consequência em cada caso? 
Castro – Os estudiosos mais conservadores afirmam que o ideal seria 20 nanogramas (ng) de 25-hidroxivitamina D (25OHD) – que é o metabólico dosado no exame – por mililitro (ml) de sangue. Nossos resultados, entretanto, estão de acordo com a Sociedade Americana de Endocrinologia, que defende valores acima de 30 ng/ml. Abaixo de 10 ng/ml é considerado deficiência. Valores entre 10 e 30 ng/ml são considerados insuficiência e já estão associados ao aumento do risco de fratura osteoporótica, pois há elevação da produção do hormônio da paratireoide, o PTH, que provoca a desmineralização do osso. Esse quadro é conhecido como hiperparatireoidismo secundário à insuficiência de vitamina D. Já os casos de deficiência causam uma doença ainda mais grave: a osteomalácia, que é o amolecimento dos ossos. Também causa fraqueza muscular muito grande. Estudos recentes têm associado a deficiência de vitamina D a uma série de outros problemas de saúde, como câncer de mama, de próstata, colorretal, além de condições autoimunes, como diabetes e esclerose múltipla.

Agência FAPESP – Quais são as causas da hipovitaminose na população brasileira? 
Castro – Falta de exposição solar e uso de filtro solar. Quando os médicos recomendam aos seus pacientes que usem protetor e evitem o sol do meio-dia, deveriam também prescrever suplementação de vitamina D. Dizem que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens. Além disso, é necessária uma dose eritematosa de raios ultravioleta para estimular a produção de vitamina D, ou seja, aquela quantidade de sol que deixa a pele avermelhada. Os dados de nossas pesquisas mostram que os níveis séricos de vitamina D estão muito vinculados à exposição solar e há uma variação sazonal. Os meses após o verão, ou seja, no outono, foram aqueles em que os níveis estavam mais altos. Após o inverno, foram os meses com níveis mais baixos. Nos jovens, a queda é de quase 50%.

Agência FAPESP – A alimentação influencia? 
Castro – É praticamente irrelevante. Trabalhos recentes mostram que a ingestão diária fica abaixo de 100 unidades de vitamina D por dia. São poucos os alimentos com quantidades significativas e eles não são consumidos com muita frequência – peixes gordos como atum, salmão e cavala. Agora começaram a surgir alimentos fortificados com vitamina D, como iogurte e leite. Pode ser que melhore um pouco a ingestão, mas não acho que vai suprir a quantidade ideal.

Agência FAPESP – Qual seria a ingestão diária ideal? 
Castro – Costumamos nos basear nas determinações das agências de saúde americanas. Na última revisão eles aumentaram para 600 unidades diárias, mas ainda acho pouco, principalmente para os grupos de risco para fratura. Um trabalho feito com pacientes atendidos no Ambulatório de Osteoporose da Disciplina de Endocrinologia da Unifesp – a maioria composta por mulheres na pós-menopausa – mostrou que, pelo menos nesse caso, foi necessária uma ingestão acima de 2 mil unidades diárias para manter os níveis ideais. Esse trabalho também mostrou que os pacientes que praticavam atividade física tinham níveis maiores de vitamina D.

Agência FAPESP – Qual é a relação com a atividade física? 
Castro – Ainda não sabemos ao certo, com certeza é um tema que precisa ser investigado em uma pesquisa futura. Além de a prática de atividade física ao ar livre estar relacionada com maior chance de exposição solar, a vitamina D, por ser lipossolúvel, poderia ter sua meia-vida alterada nas situações de maior metabolismo energético.
Agência FAPESP – Quais são os grupos que precisam de maior atenção com a suplementação? 
Castro – O trabalho sobre a variação sazonal mostrou que negros tinham valores mais baixos de vitamina D do que brancos. Os homens tinham valores mais baixos do que mulheres. E quanto mais velho o voluntário, menor foi o valor de vitamina D. Idosos institucionalizados sem dúvida são um grupo de risco para fraturas e a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina. Outro estudo mostrou que pacientes com lúpus eritematoso sistêmico – proibidos de tomar sol para não estimular a atividade da doença – também têm risco aumentado de fratura.

Agência FAPESP – A suplementação deveria fazer parte do acompanhamento geriátrico para todos os idosos, na sua opinião? 
Castro – Sim. Em nosso ambulatório prescrevemos para todos os pacientes atendidos. E percebemos com esse último trabalho que mil unidades ainda é uma dose baixa. Outra pesquisado grupo mostrou que a simples suplementação com vitamina D pode aumentar a força muscular dos idosos com deficiência de vitamina D. Foram avaliados 46 pacientes divididos aleatoriamente em dois grupos. Metade recebeu suplementação e a outra, placebo. No grupo suplementado, a força dos músculos flexores de quadril aumentou 16,4% em relação aos níveis basais. A força dos músculos extensores de joelho subiu 24,7%. Como esses são os músculos responsáveis pela marcha, o ganho de força muscular também diminui o risco de quedas.

Agência FAPESP – Há riscos de efeitos adversos com a suplementação? 
Castro – Não nas doses que estamos recomendando, de 2 mil unidades. Para haver intoxicação seriam necessárias mais de 10 mil unidades diárias por mais de seis meses. Durante toda a minha vida, presenciei poucos casos de intoxicação e todos por erro de formulação. O problema é que há poucas apresentações de vitamina D pura nas farmácias. A maioria das fórmulas tem vitamina A ou cálcio associados ou é polivitamínica. Para atingir os valores ideais de vitamina D, poderia haver excesso de vitamina A, por exemplo. Muitos pacientes compram formulações em farmácias magistrais, mas não há um controle de qualidade adequado. A vitamina é pouco estável e, se a matéria-prima for ruim, pode não funcionar. São necessárias mais apresentações de medicamentos industrializados, que têm estabilidade, segurança e eficácia mais garantidas. Os laboratórios do governo poderiam fabricar a um custo muito baixo e com benefícios grandes para a população. Também defendemos que a vitamina D seja incluída no rol de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), pois hoje ela não é fornecida.
Agência FAPESP – Quais seriam os principais benefícios da suplementação? 
Castro – O principal, com certeza, seria a diminuição dos casos de fratura, especialmente em idosos. Nos casos mais graves de deficiência, ajudaria a melhorar a força muscular. Tem uma série de outros benefícios que têm sido associados ao uso de vitamina D, como a redução do risco de câncer, melhora na resposta imunológica a infecções e redução no risco de doenças autoimunes. Mas os médicos ainda têm medo de prescrever. É uma cultura que precisa mudar para se adequar ao modo de vida atual. A gente não trabalha mais ao ar livre, usa filtro solar, quase não anda a pé e ainda não nos adequamos a essa realidade.


O artigo Treatment of Vitamin D Deficiency Increases Lower Limb Muscle Strength in Institutionalized Older People Independently of Regular Physical Activity: A Randomized Double-Blind Controlled Trial (doi: 10.1159/000235874), pode ser lido emcontent.karger.com/ProdukteDB/produkte.asp?

O artigo Increases in summer serum 25-hydroxyvitamin D (25OHD) concentrations in elderly subjects in São Paulo, Brazil vary with age, gender and ethnicity (doi:10.1186/1472-6823-10-12), pode ser lido em www.biomedcentral.com/1472-6823/10/12.

O artigo Prevalência da Deficiência, Insuficiência de Vitamina D e Hiperparatiroidismo Secundário em Idosos Institucionalizados e Moradores na Comunidade da Cidade de São Paulo, Brasil (doi: 10.1590/S0004-27302007000300012 ), pode ser lido emwww.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302007000300012&lng=en&nrm=iso .

O artigo Vitamin D deficiency in patients with active systemic lupus erythematosus (doi: 10.1007/s00198-008-0676-1), pode ser lido emlink.springer.com/article/10.1007%2Fs00198-008-0676-1.

O artigo The effect of sun exposure on 25-hydroxyvitamin D concentrations in young healthy subjects living in the city of São Paulo, Brazil (doi: 10.1590/S0100-879X2006005000162 ), pode ser lido em www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-879X2007001200009&script=sci_arttext . 


Pesquisa avalia suplemento mineral para combate à anemia

domingo, 20 de janeiro de 2013


Fonte Agência FAPESP  acesso em 19/01/2013

 No prazo de cinco anos, um suplemento mineral, produzido a partir de matérias-primas de alta disponibilidade e baixo custo, poderá contribuir para que sejam supridas as necessidades de ferro de quem carece desse nutriente.


O potencial do novo produto é uma das aplicações possíveis de um projeto de pesquisa recém-concluído por Maria Teresa Bertoldo Pacheco e sua equipe, do Centro de Química de Alimentos e Nutrição Aplicada do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), com apoio da FAPESP.
O conjunto dos potenciais beneficiários é extremamente vasto. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 21% das crianças com até 5 anos, 43% das gestantes e 23% das mulheres em idade fértil (que sofrem depleção periódica do nutriente devido à menstruação) possuem algum grau de deficiência em ferro.
“Testamos duas matérias-primas abundantes e baratas: o soro de leite e as leveduras de cana-de-açúcar (Saccharomyces cerevisae). As proteínas de uma e de outra fonte foram hidrolisadas, isto é, ‘clivadas’ ou ‘cortadas’, com diferentes enzimas”, disse Pacheco.
“Os peptídeos (fragmentos de proteínas) resultantes passaram por ultrafiltragem para a obtenção de frações com massas menores do que 5KDa (cinco quilodaltons). Essas foram utilizadas na reação de quelação com o ferro, na forma de sulfato ferroso (FeSO4)”, explicou.
A quelação consiste em ligar o íon ferro a mais de um radical do peptídeo. “Os peptídeos com capacidade quelante foram isolados e enviados ao Centro de Investigación de Alimentos, em Madri, para o sequenciamento dos aminoácidos presentes”, disse.
A pesquisadora contou que, para o produto resultante ser ideal como suplemento alimentar, a quelação ao ferro deve ser forte, mas não demais. “Deve ser forte o suficiente, para garantir a estabilidade do composto durante sua passagem pelo trato digestivo, caracterizado pelo pH ácido do estômago; mas não tão forte, de modo que a molécula seja capaz de liberar o ferro ao chegar aos enterócitos da membrana intestinal, possibilitando sua absorção”, disse.
Novos estudos
A força das ligações é um fator decisivo, por ser ela que determina a biodisponibilidade do mineral. Por apresentarem baixa biodisponibilidade, muitos alimentos ricos em ferro acabam sendo de pouca utilidade para o ser humano.
Não basta que haja ferro, é preciso que o organismo consiga absorvê-lo. “De modo geral, a absorção é muito pequena, pois, devido ao potencial oxidativo e tóxico do ferro, o organismo possui mecanismos naturais de defesa, para limitar sua assimilação”, disse Pacheco.
Segundo a pesquisadora do Ital, os resultados obtidos com as proteínas hidrolisadas do soro de leite foram muito favoráveis. Já os hidrolisados de proteína de levedura apresentaram menor capacidade de quelação ao ferro (destes, aquele cuja hidrólise foi obtida por meio da enzima viscozyme exibiu maior biodisponibilidade do ferro ligado).
“Isso se deve provavelmente ao fato de essas proteínas serem materiais de menor pureza, contaminados com polissacarídeos provenientes da parede celular”, disse.
Constatado o potencial do soro de leite, o próximo passo é testar a biodisponibilidade do material com células conhecidas como CACO 2, que simulam o comportamento fisiológico e metabólico da borda intestinal humana, e, em seguida, com modelos animais.
“Se chegarmos a um peptídeo com alta biodisponibilidade, poderemos até sintetizá-lo a partir dos aminoácidos componentes”, afirmou Pacheco. 

Alimentos funcionais enriquecem dieta com nutrientes que previnem e controlam doenças

sábado, 19 de janeiro de 2013


 Fonte: Maria Vitória / Comunicação Interna do Ministério da Saúde- blog da saúde acesso em 19/01/2013
Você é o que você come, diz um ditado popular. E com razão. Os alimentos fornecem energia para o corpo, permitindo que as pessoas realizem atividades rotineiras. A alimentação adequada também produz saúde. Entre os alimentos ainda há o grupo dos funcionais, capazes de reduzir e conter o avanço de doenças crônicas degenerativas como as cardiovasculares e o câncer, além de estimular o sistema imunológico.
A nutricionista Loraine Ferraz, do Hospital Federal Cardoso Fontes, vinculado ao Ministério da Saúde, explica que os alimentos funcionais possuem efeitos metabólicos e bioquímicos que contribuem para um corpo saudável. “Estudos científicos comprovam a eficácia terapêuticas de alimentos funcionais. Eles são classificados em grupos tais como: probióticos e prebióticos, alimentos sulfurados e nitrogenados, pigmentos e vitaminas, compostos fenólicos, ácidos graxos poliinsaturados e fibras”, explica Loraine.
Os principais compostos funcionais pesquisados estão presentes na soja e seus derivados, nos peixes marinhos como salmão, atum e sardinha, nos óleos de linhaça e soja, nas amêndoas e nozes, no chá verde, nas frutas vermelhas como uvas, framboesas e cerejas, nos tomates, goiabas e melancias, nas folhas verdes e no milho, na couve-flor e nos brócolis, nos cereais integrais e grãos como o feijão, nos leites fermentados e iogurtes, dentre outros. Loraine afirma que os alimentos regionais brasileiros também possuem capacidade funcional. Ela cita o açaí, a jabuticaba, o camu-camu, o cupuaçu, a acerola, a pitanga e o pequi.
A nutricionista ensina que todos estes alimentos, para terem suas propriedades funcionais ativas, devem ser consumidos regularmente, em dietas balanceadas. “O consumo de alimentos funcionais pelo brasileiro ainda é pouco expressivo, apesar da vasta diversidade de alimentos considerados funcionais existentes em nosso país. Precisamos nos conscientizar da importância de uma alimentação saudável, de termos um prato colorido, bem balanceado. A educação nutricional é, portanto, de vital importância para a prevenção de doenças”, diz a nutricionista do Cardoso fontes.

Substância
Fontes alimentaresBenefícios
Ácidos graxos ômega-3Peixes de águas frias com alto teor de gordura; óleos vegetais (linhaça).Prevenção de doenças cardiovasculares e
prevenção e controle de doenças autoimunes e inflamatórias
FlavonóidesUva, amora, framboesa, frutas cítricas, brócolis, etc.Efeito antioxidante – ação sobre a formação de radicais livres e diminuição dos níveis de colesterol
AntocianinasFrutas em geral (principalmente em
frutas vermelho escuras e roxas)
Prevenção de doenças cardiovasculares e câncer
CatequinasChá verde, chá pretoAtividade antioxidante e inibição da
formação de ateromas,
prevenção de certos tipos de câncer.
Resveratrol e quercetinaCasca de uva, vinho tintoRedução do risco de doenças cardiovasculares; inibição da formação de carcinógenos, coágulos e inflamações
IsoflavonasSoja, leguminosas, alcaçuz e ervilhaAlívio dos sintomas da menopausa.
redução do risco de doenças
cardiovasculares e osteoporose e a
redução do risco de câncer de mama
Proteínas da sojaSoja e derivadosRedução do risco de doenças
cardiovasculares
BetaglucanaAveia e cevadaControle da glicemia e do colesterol sérico
Isotiocianatos e indolBrócolis, repolho, couve-flor, rabanete e folha de mostardaAumento da atividade de enzimas (tipo 2), prevenindo cânceres
LicopenoTomate, goiaba, melanciaAtividade antioxidante
redução do risco de doenças cardiovasculares.
proteção contra câncer, principalmente próstata
Luteína e zeaxantinaFolhas verdes (luteína)
pequi e milho (zeaxantina)
Proteção contra a degeneração macular manutenção de uma boa visão
LignanasLinhaçaInibição de tumores hormônio dependentes
Sulfetos alílicos (alil sulfetos)Alho e cebolasRedução do risco de doenças cardiovasculares,
produção de enzimas protetoras contra o câncer gástrico
Fibras/prebióticos (fibras insolúveis e solúveis frutooligossacarödeos, inulina, etc.)Grãos integrais, frutas e vegetais em geralMelhora da saúde intestinal.
redução do risco de câncer do cólon e controle do colesterol
Probióticos (bifidobactérias e lactobacilos)Leites fermentados, iogurtes, etc.Melhora da saúde intestinal,
redução do risco de câncer do cólon e melhora da intolerância · lactose.


PROTESTE solicita fim de corante em refrigerante

sábado, 12 de janeiro de 2013


FONTE/autor/foto: Proteste acesso em 12/01/2013 reportagem de março de 2012

Segue reportagem da proteste de março de 2012 sobre corantes em refrigerantes 

Nos EUA a Coca e Pepsi vão mudar fórmula para evitar alerta de câncer. No Brasil algumas das bebidas já usam o Caramelo natural que é mais seguro

PROTESTE quer fim de corante em refrigeranteA PROTESTE Associação de Consumidores solicitou aos fabricantes e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a substituição do “Caramelo IV” por corantes mais seguros na formulação de refrigerantes, energéticos, sucos, cereais matinais e outros produtos alimentícios.

Usado para dar cor aos produtos, esse aditivo será retirado da fórmula da Coca-Cola e da Pepsi nos Estados Unidos após o estado da Califórnia por na lista de substâncias cancerígenas, componentes químicos presentes no corante caramelo. A alteração será feita para que os fabricantes não tenham de colocar um alerta de risco de câncer em suas embalagens.

A PROTESTE também pedirá a atuação do Ministério Público Federal de Minas Gerais que já conseguiu anteriormente fechar um termo de ajustamento de conduta com os fabricantes de refrigerantes para tirar da fórmula o benzeno, outra substância potencialmente cancerígena.

Ao analisar a lista de ingredientes da rotulagem de alguns refrigerantes do mercado brasileiro a PROTESTE constatou que produtos da Coca-Cola e alguns da Pepsi apresentam o corante Caramelo IV na composição. Também encontrou no Guaraná das marcas Antártica, Kuat e Schin.

No Brasil alguns produtos da Pepsi como a Pepsi tradicional e a Light utilizam o corante INS 150a, que é o caramelo natural, mais seguro. Isso demonstra que a troca na formulação para garantir a saúde do consumidor é possível. Mas a Pepsi Twist e a Pepsi Twist Light ainda têm o corante INS 150d.

Quanto a presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela PROTESTE ao realizar exames em 24 amostras de diferentes marcas. O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado em 2011, dois após o MPF instaurar inquérito civil público para apurar o caso. Para a Associação esta é uma vitória e garantia para a saúde da população brasileira. Só é uma pena o prazo de até cinco anos dado para a mudança.

A legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a fornecer as informações necessárias e adequadas a respeito.

No Brasil, poucos derivados de frango e suíno têm certificado de bem-estar animal

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


Fonte : Agencia Brasil Autor:Mariana Tokarnia acesso em 10/01/2013
Reportagem de 24/12/2012

Brasília - O abate de frangos e suínos registrou no primeiro trimestre de 2012 o maior aumento desde o ano 2000, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foram 830,1 mil toneladas de suínos e 2,9 milhões de toneladas de frango. Desses, poucos produtos finais têm certificação de bem-estar animal.
Uma das únicas empresas certificadas no país, a Korin Agropecuária, foi responsável pelo abate de 4 milhões de frangos no ano todo. Pelo peso médio nacional, isso equivale a 8,6 mil toneladas, ou 0,3% do total da produção do trimestre.
Frangos e suínos são as criações que menos seguem as regras internacionais de bem-estar. A fim de aumentar a produção, os animais seriam confinados em ambientes apertados, sem luz natural e  submetidos a alimentação excessiva para ganhar peso mais rapidamente. Essas práticas interferem na qualidade do produto que chega à mesa do consumidor. No Brasil, segundo especialistas, as práticas de bem-estar ainda são pouco conhecidas, mas passam a ser exigidas pelos compradores, cada vez mais preocupados com a saúde.
A Korin foi a primeira empresa a produzir frango seguindo normas de bem-estar em escala industrial no Brasil. A empresa cria os animais sem o uso de antibióticos, oferece no mínimo seis horas de descanso no escuro por dia - as aves em criação intensiva são expostas à luz artificial 24 horas por dia a fim de acelerar o metabolismo e promover o crescimento mais rápido - e alojam as aves em galpões respeitando limites de lotação, para que possam se movimentar.
“A adoção de práticas de bem-estar animal proporciona a redução dos índices de condenação, melhor qualidade do produto final e a conscientização dos consumidores [sobre] os cuidados adotados no trato e abate dos animais, uma vez que o selo da certificação é colocado nos rótulos dos produtos”, explica a coordenadora de Produção Animal da Korin, Leikka Iwamura. Segundo ela, a empresa pretende expandir a produção para as carnes suína e bovina no próximo semestre.
Para a normatização, a empresa recorreu à Humane Farm Animal Care (Hfac), certificadora norte-americana, que estabelece como os animais devem ser criados. No Brasil, existe apenas uma certificadora, a filial da francesa Ecocert, que também segue as normas da Hfac. A empresa tem apenas cinco clientes na área animal contra 5 mil produtores de orgânicos certificados.
“Esse número [cinco clientes] não vem crescendo. Muita gente pergunta, mas não temos um aumento no pedido de certificações. O nível de adesão em países europeus e nos Estados Unidos é bem maior. O bem-estar animal é bem mais estudado e exigido nesses países”, diz o diretor-geral da Ecocert Brasil, Luiz Mazzon. Segundo ele, nos Estados Unidos está disponível um aplicativo capaz de localizar restaurantes que vendem carne certificada. “O assunto aqui só vai começar a deslanchar com o interesse do consumidor”, acrescenta.
O interesse existe, mas os consumidores muitas vezes não sabem como exigir o bem-estar animal e acabam deixando de comer carne completamente. A estudante Giulia Batelli é vegetariana há um ano, desde que assistiu a um vídeo sobre sofrimento animal. Ela admite que até hoje está se adaptando e acredita que ainda não se alimenta bem. Sente falta de carne, mas se recusa a comprar de grandes produtores que não têm certificação. Os alimentos certificados são difíceis de encontrar e caros.
Além da falta de certificação, há produtores de criação intensiva que divulgam fotografias e ilustrações de animais em pastos, ao ar livre, quando não é esse o modo de produção. Não há no país exigência de que se divulgue no rótulo o modo de criação do animal. Assim, a divulgação de fotografias pode induzir a erro.
“Às vezes, o produto não é transgênico em si, mas a galinha, por exemplo é alimentada com ração que contém transgênico. Isso altera o produto final, mas não vem no rótulo”, explica o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin.
O consumidor que se sentir lesado deve fazer uma denúncia na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que pode ser feito pela internet. A partir daí, o produtor deve ser submetido a uma inspeção. O consumidor pode também registrar um boletim na Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), que o submeterá à perícia da Polícia Civil. Após esses laudos é possível promover ação na Justiça por dano material ou moral.

Publicada regra de controle sanitário para entrada de produtos destinados a grandes eventos


Fonte : Agencia Brasil / Autora : Paula Laboissière  acesso em 10/01/2013


Brasília – Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada dia 8/01/2013 no Diário Oficial da União simplifica a entrada de bens e produtos de comitivas e delegações internacionais durante eventos de grande porte realizados no Brasil. A norma engloba alimentos, medicamentos, cosméticos, perfumes, materiais médicos e outros produtos de interesse à saúde humana.
Segundo a Anvisa, os produtos serão dispensados de licença de importação. No entanto, o responsável pela organização do evento precisará apresentar à Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados, com antecedência de 30 dias, um termo de responsabilidade com a relação dos produtos sob vigilância sanitária que serão importados pelas delegações.
A norma é válida para produtos usados exclusivamente pelas delegações e comitivas credenciadas para participar dos eventos. Os produtos liberados deverão retornar ao país de origem até 30 dias após o término do evento.
“Produtos de consumo pessoal ficarão dispensados de controle pela autoridade sanitária. Já as substâncias de uso proscrito no Brasil, caso das drogas e entorpecentes, continuam proibidas de serem importadas”, informou a agência, por meio de comunicado.

Alimentos com maior teor de vitaminas e nutrientes já estão sendo produzidos no Brasil


Fonte Agencia Brasil - Autor :Vladimir Platonow acesso em 10/01/2013


Rio de Janeiro – Feijão com o dobro de ferro, batata-doce alaranjada com muita vitamina A e arroz polido com altos teores de zinco. Esses alimentos já estão sendo produzidos no Brasil e podem ser aliados importantes no combate à desnutrição, principalmente da população mais pobre. Os produtos foram desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e são conhecidos como alimentos biofortificados.
A técnica proporciona o melhoramento por meio da seleção das sementes que apresentam características desejáveis de micronutrientes e não usa a manipulação genética, o que significa que não são alimentos transgênicos. A pesquisa começou há cerca de dez anos, sob a coordenação da engenheira de alimentos da Embrapa Marilia Nucci.
“Nós estamos desenvolvendo cultivos agrícolas com maiores teores de ferro, zinco e pró-vitamina A. Começamos trabalhando com mandioca, feijão e milho. Depois fomos adicionando outros alimentos, como o feijão caupi [variedade resistente à seca], batata-doce, trigo e abóbora. Estamos buscando alimentos básicos, consumidos em grande quantidade pela população mais carente.”
A Embrapa dispõe de uma quantidade de sementes para o plantio das safras. A distribuição é feita por meio de pedidos diretos, que podem ser feitos por prefeituras ou escolas, podendo ser utilizados nos programas de merenda escolar. O foco do projeto é a Região Nordeste. Testes foram feitos nos estados do Maranhão, de Sergipe e do Piauí, onde também é processada a multiplicação das sementes.
O feijão teve os teores elevados de 50 gramas para 90 gramas de ferro por quilo. A mandioca, que praticamente não tem betacaroteno, passou para nove microgramas por grama. A batata-doce teve o betacaroteno elevado de 10 microgramas por grama para 115 microgramas por grama. O arroz teve o teor de zinco acrescido de 12 para 18 microgramas por quilo. “A batata-doce que nós lançamos é cor de abóbora. Ela tem a mesma quantidade de pró-vitamina A que a cenoura. O gosto é muito bom e está agradando principalmente as crianças”, disse.
A Embrapa faz parte de uma aliança internacional para desenvolver alimentos biofortificados, mas a propriedade intelectual do que for desenvolvido no Brasil pertencerá à empresa. No país, já são cerca de 1,2 mil famílias plantando alimentos biofortificados, com expectativa de se chegar a 15 mil nos próximos três anos.
Em 2014, a Embrapa pretende desenvolver um teste de impacto nutricional com a população para medir os resultados dos alimentos biofortificados em comparação aos convencionais. Atualmente a empresa desenvolve sete variedades agrícolas: abóbora, arroz, batata-doce, feijão, feijão caupi, mandioca e milho. Outras informações podem ser acessadas na página da Embrapa sobre o projeto: www.biofort.com.br.


Doenças transmitidas por alimentos

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fonte: Portal da Saúde acesso em 04/01/2013


Doenças transmitidas por alimentos - Informações gerais sobre a doença



• Lave as mãos regularmente: 
- antes, durante e após a preparação dos alimentos;
- ao manusear objetos sujos;
- depois de tocar em animais;
- depois de ir ao banheiro ou após a troca de fraldas;
- antes da amamentação;
- entre outras situações.
• Assegure-se que o alimento servido esteja bem cozido e quente (aproximadamente 60ºC);
• Selecione alimentos frescos com boa aparência, e antes do consumo os mesmos devem ser lavados e desinfetados;
• Não coma alimentos crus, com exceção das frutas e verduras que podem ser descascadas, cujas cascas estejam íntegras;
• Para desinfecção, os alimentos crus como frutas, legumes e verduras devem ser mergulhados durante 30 minutos em uma solução preparada com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;
• Lave e desinfete todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
• Alimentos prontos que serão consumidos posteriormente devem ser armazenados sob refrigeração (abaixo de 5°C) e aquecidos no momento do consumo (centro do produto 72°C);
• Não coma alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de quatro horas, isso representa um dos maiores riscos de ter uma DTA;
• Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;
• Compre alimentos seguros verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, odor). Não compre alimentos sem etiqueta que identifique o produtor;
• Os pescados e mariscos de certas espécies, e em alguns países em particular, podem estar contaminados com toxinas que permanecem ativas, apesar de uma boa cocção. Solicite orientação aos moradores do lugar;
• Consumir leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido. Não beba leite nem seus derivados crus;
• Sorvetes de procedência duvidosa são de risco. Evite-os!
• Evite preparações culinárias que contém ovos crus (Ex. gemada, ovo frito mole, maionese caseira);
• Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, carnes, dentre outros);
•  Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;
• Evitar comidas vendidas por ambulantes;
• Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
• Não tomar banho/nadar em rios, lagos, piscinas com água contaminada; evitar praias poluídas
• Beber água e/ou gelo apenas de procedência conhecida;
• Quando estiver em dúvida quanto à potabilidade da água de beber, ferva ou trate a água com produtos específicos que podem ser obtidos em farmácias;
• A água também pode ser tratada com hipoclorito de sódio a 2,5%. Coloque 2 gota sem 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir.
• Cuidado para não comprar soluções comerciais com hipoclorito de sódio 2,5% que também tenham alvejantes na composição.

2. Informações gerais – o que todos devem saber
O que é?
Doenças transmitidas por alimentos são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas com patógenos, em quantidades que afetam a saúde do consumidor. Além destes patógenos, estas doenças também podem ser causadas por produtos químicos venenosos e outras substâncias nocivas.
Qual o microrganismo envolvido?
No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos são causadas pela SalmonellaEscherichia coli patogênica e Clostridium perfringens, pelas toxinas do Staphylococcus aureus eBacillus cereus.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comuns para as doenças transmitidas por alimentos são falta de apetite, náuseas, vômitos, diarréia, dores abdominais e febre (dependendo do agente etiológico). Podem ocorrer também afecções extra-intestinais em diferentes órgãos e sistemas como no fígado (Hepatite A), terminações nervosas periféricas (Botulismo), má formação congênita (Toxoplasmose) dentre outros.
Como se transmite?
As pessoas adoecem após ingerir água ou alimentos contaminados.
Como tratar?
As doenças que causam diarréia e vômitos podem levar à desidratação, caso o paciente perca mais fluidos corporais e sais minerais (eletrólitos) do que a quantidade ingerida. A reposição destes fluidos e eletrólitos é extremamente importante para evitar a desidratação. Quando a diarréia é aguda, deve-se ingerir sal de reidratação oral, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, ou outras soluções de reidratação oral. As bebidas esportivas não compensam corretamente as perdas de fluidos e eletrólitos e não devem ser utilizadas para tratamento de doença diarréica.
Como se prevenir?
As recomendações que seguem são de aplicação geral, tanto para os alimentos comprados de vendedores de rua em postos fixos ou ambulantes, como também para os hotéis ou restaurantes bem conceituados:

HORTALIÇAS NA WEB - 50 HORTALIÇAS

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Segue link do   “HORTALIÇAS NA WEB - 50 HORTALIÇAS“, com informações e dicas na hora de comprar, de conservar e de cozinhar esses alimentos. O site foi lançado pela EMBRAPA hortaliças

Contaminação cruzada nas residências

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013



Fonte :  G1 São Carlos e Araraquara acesso em 03/01/2013


Alimentos prontos para o consumo são contaminados por alimentos crus.Transferência ocorre usando mesmos objetos em diferentes pratos.


A professora de engenharia de alimentos da Universidade de São Paulo (USP) de Pirassununga (SP) Andrezza Fernandes diz que isso acontece com frequência em churrascos. “É comum notarmos que as pessoas utilizam a mesma tábua de corte e a mesma faca para cortar as carnes cruas e as carnes prontas, que saem da churrasqueira. Esse uso comum leva as bactérias da carne crua para a carne pronta”, disse.

A professora de engenharia de alimentos da Universidade de São Paulo (USP) de Pirassununga (SP) Andrezza Fernandes diz que isso acontece com frequência em churrascos. “É comum notarmos que as pessoas utilizam a mesma tábua de corte e a mesma faca para cortar as carnes cruas e as carnes prontas, que saem da churrasqueira. Esse uso comum leva as bactérias da carne crua para a carne pronta”, disse.

Para se prevenir contra essas infecções é preciso sempre lavar muito bem os alimentos e os talheres. Não basta apenas água, o detergente é fundamental. “A bucha usada para lavar deve sempre ser guardada limpa e o mais seca possível, pois quanto mais umidade, melhor para as bactérias se desenvolverem”, completou a professora.


Dados do Ministério da Saúde apontam que muitos casos de contaminações alimentares acontecem dentro de casa, devido à contaminação cruzada. Isso acontece quando os mesmos objetos são usados sem lavar em alimentos prontos para o consumo e naqueles não esterlizados.
Tábuas e talheres podem esconder fungos e bactérias, que ganham força com hábitos errados que passam despercebidos. Usar a mesma tábua e a mesma faca para cortar diferentes alimentos sem a higienização correta pode provocar uma transferência, um cruzamento de bactérias.
Andrezza explicou que existem vários tipos de bactérias e cada uma tem um mecanismo de ação. “Mas a maioria causa sintomas gastrointestinais, como diarreias, vômitos, náuseas, dores abdominais, algumas causam dores de cabeça e febre. Outras causam lesões mais severas, que podem levar uma pessoa a morte”, alertou.
Prevenção
Os alimentos crus ou já preparados precisam ser separados e guardados em recipientes fechados, isso também vai ajudar a evitar a contaminação cruzada.


Proteção para os probióticos

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Fonte/autor: Agencia Fapesp - Flora Serra acesso em 02/01/2013

Pesquisa mostra que cápsulas recobertas com proteína do soro do leite podem proteger lactobacilos da acidez do sistema digestivo, melhorando o aproveitamento por quem os ingere 
Agência FAPESP – Lactobacilos são organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício ao sistema digestivo e imunológico. O problema é que esses organismos probióticos também são muito sensíveis à própria acidez do estômago.
Cientistas da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) têm investigado maneiras de proteger lactobacilos durante a digestão, permitindo que a utilização de suas propriedades benéficas possa ser facilitada.
Uma pesquisa recém-concluída na faculdade indicou que cápsulas de probióticos recobertas com proteína do soro resistem à passagem pelo sistema digestivo. A pesquisa investigou a microencapsulação da bactéria Lactobacillus acidophilus e sua aplicação na fabricação de alimentos probióticos.
“Realizamos a pesquisa em duas frentes: explorando características físico-químicas das microcápsulas e avaliando a aplicação delas na fabricação de iogurte e de queijo prato”, disse a professora Mirna Lúcia Gigante, coordenadora da pesquisa que contou com a colaboração de alunos e de Carlos Grosso, também docente na FEA-Unicamp. 
Na primeira parte do projeto, o grupo avaliou o processo de produção das microcápsulas com pectina recoberta com proteínas de soro, que ocorre por interação eletrostática. De acordo com Gigante, a adsorção – processo pelo qual moléculas são retidas na superfície de sólidos – da proteína na superfície da partícula foi maior quando a proteína do soro foi tratada termicamente.
Segundo a pesquisadora, quando expostas experimentalmente ao suco intestinal artificial, que simula o sistema digestivo na região do intestino humano, as partículas com proteína de soro se dissolveram mais facilmente do que as partículas só com pectina.
“Analisamos a manutenção da viabilidade do probiótico, tanto livre como encapsulado, durante o processamento do alimento e a conservação deste e sua resistência à passagem pelo trato gastrointestinal”, disse Gigante.
Isso porque o microrganismo não deve interferir no processamento nem alterar as características dos alimentos, ou seja, não pode apresentar quaisquer aspectos que modifiquem os alimentos. “Ele não pode apresentar textura, odor, sabor ou cor”, disse Gigante. Além disso, o probiótico tem de sobreviver à elevada acidez da região gástrica.
No caso do iogurte, os pesquisadores observaram que a microencapsulação do probiótico favoreceu a manutenção da sua viabilidade durante 35 dias de armazenamento refrigerado do produto.
Quando submetido à passagem pelo suco intestinal, os resultados da capa protetora com proteína de soro também foram positivos. “Dos probióticos encapsulados, 62% sobreviveram. Sem a proteção, ou seja, o microrganismo livre, apenas 10% resistiram”, disse Gigante.
Na produção do iogurte, quando o Lactobacillus acidophilus foi microencasulado o produto apresentou menor pós-acidificação em relação ao probiótico não encapsulado. Isso significa que as características desejáveis do produto não foram drasticamente alteradas.
Entretanto, os efeitos da microencapsulação não foram os mesmos no caso do queijo prato. “A partícula não conferiu efeito protetivo adicional ao probiótico nem durante o armazenamento do produto nem quando submetido às condições que simulam a passagem pelo trato gastrointestinal”, disse Gigante.
De acordo com ela, ao que tudo indica a malha proteica natural do queijo já exerce a função de proteger e manter vivo o microrganismo.
“Mesmo assim, os resultados despertaram nosso interesse em aprofundar os estudos dos efeitos da adição de diferentes probióticos nas características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais do queijo prato”, disse Gigante, cuja equipe tem analisado a mistura de dois dos probióticos mais utilizados pela indústria láctea: Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium.
Nova pesquisa
A pesquisa teve início em 2008 e contou com a colaboração de pesquisadores argentinos, como Carla Gerez, do Centro de Referência para Lactobacilos de Tucumán, na Argentina, que fez parte do seu trabalho de doutorado na FEA-Unicamp.
“Na época realizamos nosso primeiro trabalho sobre microencapsulação de probióticos. Juntamente com o professor Carlos Grosso, especialista em microencapsulação, utilizamos a técnica da gelificação iônica e coacervação complexa, aplicando camadas de pectina e proteínas de soro como materiais de proteção”, disse Gigante.
O estudo mostrou que, após a exposição à acidez gástrica, a sobrevivência do Lactobacillus rhamnosus – o probiótico utilizado – foi mais efetiva quando o organismo estava envolto em micropartículas com capas de proteína de soro do que livre no sistema digestivo artificial.
“Quando encapsulado, o microrganismo resiste à passagem pelo trato gastrointestinal e, finalmente, chega ao intestino, onde ocorrerá sua adsorção. A microcápsula tem a função de proteger esse microrganismo para que ele tenha uma passagem mais efetiva pelo sistema digestivo”, disse Gigante.
No intestino, os benefícios atribuídos aos probióticos podem ser manifestados. “Existem aqueles que melhoram o trânsito gastrointestinal, outros podem diminuir infecções, há os que estão relacionados ao controle da pressão arterial e os que são antialergênicos”, disse.
Gigante acaba de iniciar nova pesquisa apoiada pela FAPESP para avaliar a maturação e o perfil sensorial do queijo prato probiótico tipo lanche adicionado de Lactobacillus acidophilus Bifidobacterium 
 

 

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