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Hormônios determinam se bebê será obeso ou saudável quando adulto

sábado, 25 de junho de 2011



fonte : Globo Reporter  acesso em 25 jun2011 Ismar Madeira


Quando uma grávida escolhe o que comer, está transmitindo para o bebê informações que ele vai levar para o resto da vida. Os alimentos influenciam na produção de hormônios que podem evitar ou levar a doenças.

A fisioterapeuta Bernadete Gonçalves está em um momento inesquecível para ela, e toda a satisfação é determinada pelos hormônios. Também chamados de mensageiros químicos, os hormônios são substâncias liberadas por glândulas ou órgãos do corpo e lançadas na corrente sanguínea. Quando fazemos exercícios físicos, eles nos dão a sensação de bem estar.
Tem ainda o hormônio do crescimento e os hormônios sexuais que regem a transformação física na adolescência. Diferentes na mulher e no homem, os hormônios estimulam e regulam várias funções do organismo. São funções tão complexas que se modificam em cada etapa da nossa vida.

Bernadete curte as primeiras roupinhas do filho que vai chegar. O quarto do bebê ainda não está pronto, mas ela não tem pressa. Agora, a fisioterapeuta pensa acima de tudo na saúde do bebê, Henrique. “Eu comecei a comer muito mais fruta, que eu não comia tanto. Comecei a comer das mais variadas. Todo o dia, eu tento variar nas frutas, e como tudo integral, alimentos integrais, queijo branco, fibra, muita aveia, linhaça”, declara.
Bernadete, aos 32 anos, está vivendo uma revolução dos hormônios. Com 27 semanas de gravidez, a fisioterapeuta espera o primeiro filho. “Às vezes, eu vejo uma coisa que me emociona e me dá vontade de chorar. Às vezes, está todo mundo com frio, e eu estou sentindo muito calor. Eu acho que é um turbilhão dos hormônios que mexem muito com as emoções”, comenta.
Quando uma  mulher grávida escolhe o que comer, está transmitindo para o bebê, ainda na barriga, informações que ele vai levar para o resto da vida. Os alimentos influenciam na produção de hormônios que podem evitar ou levar a doenças.
Bernadete está certa: 
“Durante a gestação e a amamentação, desequilíbrios na nutrição materna, tanto a desnutrição quanto a super alimentação ou a exposição a alimentos ricos em gorduras, ricos em açúcares, podem levar ao desenvolvimento de obesidade no filho na vida adulta”, explica a farmacêutica Ísis Hara Trevenzoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A tendência à obesidade é adquirida ainda na barriga da mãe. Pesquisadoras das universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro estudaram os efeitos da alimentação de ratinhas no futuro dos filhotes. O metabolismo desses bichos se parece com o de seres humanos.
O estudo comparou duas ratinhas e suas ninhadas. As duas mães tinham o mesmo peso. A partir do momento em que engravidaram, a primeira foi alimentada só com ração saudável. A outra recebeu ração com 20% a mais de gordura. Depois de 21 dias de gestação e 20 dias de amamentação, os pesquisadores perceberam uma diferença grande entre os filhotes. Os da ratinha com alimentação saudável pesavam em média 30 gramas. E os da ratinha que recebeu a ração gordurosa pesavam quase o dobro: em média, 58 gramas.
“Dietas que são ricas em gordura, por exemplo, alteram a composição do leite materno, e um dos hormônios que passa pelo leite a gente já sabe e já demonstrou que é a leptina”, aponta a farmacêutica Ísis Hara Trevenzoli.
A leptina é um hormônio que regula a fome e o gasto de energia. O excesso de gordura no corpo desequilibra a sua produção e compromete sua eficácia. Outros hormônios também são produzidos em quantidade indesejada, como os da glândula tireóide, que ajudam no emagrecimento ao acelerar o metabolismo, e a insulina, que regula a concentração de açúcar no sangue. Sua falta pode levar a diabetes, doenças cardiovasculares e renais.
Quando esse desequilíbrio na produção de hormônios ocorre no início da vida, ele pode ficar registrado para sempre, como na memória das nossas células. Dependendo da alimentação das mães na gravidez, uns vão continuar com a tendência a engordar mais, e outros não, ainda que todos consumissem os mesmos alimentos e tivessem o mesmo estilo de vida.
Essa é a conclusão da pesquisa. Foi assim com os ratinhos. Os filhotes foram acompanhados por seis meses, depois da amamentação, recebendo rações iguais. Os que nasceram da ratinha com alimentação saudável chegaram a 350 gramas, em média. E os da ratinha que recebeu a ração gordurosa alcançaram 515 gramas.
“É como se, através dessa memória, esses indivíduos fossem programados realmente para desenvolver algumas doenças crônicas na vida adulta, mesmo que eles tenham uma alimentação equilibrada”, afirma Ísis Hara Trevenzoli.
O mesmo pode ocorrer com quem passa fome na gravidez. Regimes rigorosos geram outro tipo de programação que pode afetar a produção de hormônios: a necessidade de poupar energia para o caso de faltar comida. “A energia que nós poupamos fica armazenada no nosso organismo na forma de gordura, no tecido adiposo, e vai engordando, ao longo da vida”, diz a farmacêutica.
“As mães devem evitar a alimentação em excesso e principalmente o excesso de gorduras e açucares. Elas devem focar em alimentos saudáveis, uma ingestão rica em fibras, com frutas, hortaliças, uma dieta bastante variada”, destaca a nutricionista Juliana Franco, da Universidade do Estado do rio de Janeiro (UERJ).
O resultado da pesquisa não é uma sentença definitiva. Segundo as especialistas, sempre é possível reverter os quadros de sobrepeso e obesidade perseguindo uma dieta saudável e com exercícios físicos. Bernadete sabe que isso é bom para ela e para o futuro do filho que vai nascer. “Agora, mais do que nunca, vou me alimentar melhor e fazer atividade física para ele crescer bastante saudável e ser um adulto saudável depois. Tenho que garantir o futuro dele bem saudável”, declara a fisioterapeuta.

fonte : Globo Reporter  acesso em 25 jun2011 

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